sexta-feira, março 26, 2004

Gelsiu

Ia começar por dizer que a Gel é um café de bairro, do meu bairro – sim, BAIRRO – mas na realidade a Gel é muito mais do que um mero café de bairro.
A Gel é um culto, uma casa, uma família, um dado adquirido. É como o café central da aldeia que é o meu bairro.

Levanto-me a um sábado de manhã, ressacado ou não, e onde acham que vou tomar o pequeno-almoço? Onde acham que vou ler o Público, o El País ou o Record?
Pois, claro está que é na Gel.

A seguir ao almoço naqueles inícios de tarde de moleza onde acham que vou tomar o café?
Pois, claro está que é na Gel.

Saio de casa a seguir ao jantar para ir tomar o último café do dia, ou se a noite estiver quente a última cerveja, onde acham que vou?
Pois, claro está que é à Gel.

Durante alguns anos o ritual de ir à Gel, tomar o café e fumar o cigarrinho era cumprido quase religiosamente pelo Chabas, Sé e Super. Infelizmente e por razões que além de não lembrar ao Diabo, não são para aqui chamadas, eu raramente lá ia. Mas hoje em dia é daqueles programas – se é que se podem chamar de programas – que eu não recuso nunca (menos quando já é muito tarde, estou quase a adormecer e aceleradíssima da Preta decide que quer ir tomar café).

O Sr. Fernando conhece-me praticamente desde o dia em que nasci, a São idem e metade dos mais velhos que frequentam a Gel igualmente (pelo menos de vista).

Espero que daqui a uns anos consiga manter este ritual, pelo menos aos sábados de manhã, já com os meus filhos e os dos meus amigos.