sexta-feira, abril 23, 2004

Comportamento Sexual Humano Vs Comportamentos de Mercado

Após longo e exaustivo estudo sobre as relações entre homens e mulheres, chegou-se à conclusão que o ser humano comporta-se sempre da mesma maneira seja lá qual for o "bem" que procura comprar ou vender.

Passo a explicar: em Portugal muitos homens se queixam de que as mulheres são muito presas, inibidas e que dificilmente conseguem ter abertura para não encarar o avanço de um homem qualquer como algo inoportuno e incoveniente. Ora ao contrário das mulheres que não gostam que um homem se meta com elas indiscriminadamente, sem as conhecer de qualquer parte, um homem, por sua vez sente-se (e mostra-se) bastante satisfeito consigo mesmo quando uma mulher toma a iniciativa de se deslocar até ele e incorrer numa mera conversação.
Se nos deslocarmos a um País tão perto quanto possível como Espanha, notamos logo a diferença comportamental existente. Em Espanha, a maioria das mulheres não leva a mal, não responde arrogantemente e acima de tudo não começa por interpretar mal um homem, apenas porque este se aproximou dela e lhe perguntou o nome. Uma vez demonstrado respeito por parte do homem, o mesmo será também tratado com todo o respeito por parte da mulher (claro que existem excepções à regra, já lá vamos).

Até aqui analisámos a situação mais comum em Portugal, que é a de um homem abordar uma mulher e esta reagir mal. Esta é sem dúvida a situação mais recorrente, pelo menos em Lisboa, nos tempos que correm. Mas como em tudo, existem excepções à regra, e neste caso existem duas: a de um homem que vê com maus olhos a abordagem espontânea de uma mulher e a de uma mulher que não tem quaisquer problemas em fazê-lo.

É uma pena que existam homens que não gostam que as mulheres se metam com eles. Pessoalmente, tenho pena de não conseguir ser mais aberto, por vezes também passo por arrogante quando no fundo até não sou. É que mesmo que a "gaja" que se veio meter conosco seja horrível, nunca se sabe se não tem uma carrada de amigas muito giras.

As mulheres também não são lá muito dadas a meterem-se com homens que não conhecem, primeiro, porque não precisam de o fazer, eles vão sempre meter-se com elas (basta um olhar ou dois), segundo porque, e isto é que me chateia, têm "medo" de que as pessoas as rotulem com a velha expressão "GANDA PUTA" - Shame on those who do this.

Não me posso desfocar do assunto principal, que é a relação existente entre os comportamentos que acabei de descrever e os comportamentos de mercado.
Ora bem, todos conhecem a velha lei de mercado que diz que quando o preço aumenta, a procura diminui e a oferta também aumenta. Quando o preço diminui, a procura aumenta e a oferta diminui.

No mercado, a oferta e a procura são influenciadas pelo preço, mas no caso dos comportamentos humanos vamos induzir que se verifica o contrário, ou seja, a procura é que influencia o preço (ou neste caso o custo de alcançar os objectivos) e a oferta (disponibilidade por parte das mulheres).

Em Portugal, mais precisamente, em Lisboa, os homens procuram que nem cães danados - é triste mas é a realidade - consequentemente o custo de arranjar uma "gaja" aumenta brutalmente e a oferta diminui e forma inversamente proporcional.

Em jeito de conclusão e um bocado à semelhança da teoria do John Nash, o matemático sobre o qual fala o filme "Uma Mente Brilhante", o que acham de, todos nós homens nos juntarmos num movimento da não procura da "gaja", acho que em pouco tempo veríamos resultados bastante satisfatórios. Acham que elas também não gostam de se sentirem observadas, apaparicadas, mimadas, "bate-couradas"?? Claro que gostam. E odeiam ser ignoradas e desprezadas!

Votem em mim para Presidente da Junta e arranjem uma "gaja" ;-)

PS - Naturalmente que quem me conhece sabe que não escrevi o que realmente sinto e penso, pelo menos na totalidade do texto, e que o mesmo serviu mais como uma provocação para a obtenção de comentários hiper femininistas, do que algo semelhante a uma "declaração de guerra" às mulheres ou à forma tradicional de sedução em Portugal.