sexta-feira, fevereiro 27, 2004

Piadinha do dia

Recebi por email hoje de manhã e não resisti a postar:

A Clarinha, de 6 anos, chega a casa e diz para a mãe:
- A pilinha do Pedrinho parece um amendoim.
A mãe acha imensa piada e diz:
- Porquê, filha, é pequenina?
- Não, mãe, é salgadinha.

quinta-feira, fevereiro 26, 2004

Espionagem Industrial

No outro dia consegui entrar na área de administração do blog das minhas tão queridas amigas Cacas e não resisti a roubar um post que elas lá tinham por publicar.

Aqui fica, é grande mas espero que gostem!

Diário de uma condutora:

Querido Diário

Passei no exame de condução! Posso agora conduzir o meu próprio automóvel, sem ter de ouvir as recomendações dos instrutores, sempre a dizerem-me " por ai é sentido proibido!", "Vamos em contramão!", "Olha a velhinha! Trava! Trava!", e outras coisas do género. Nem sei como aguentei estes últimos dois anos e meio...

8 de Janeiro
A Escola de Condução fez-me uma festa de despedida. Os instrutores nem sequer deram aulas. Um deles disse que ia a missa, julgo que vi outro com lagrimas nos olhos e todos disseram que iam embebedar-se, para comemorar. Achei simpática a despedida, mas penso que a minha carta não merecia tal exagero.

12 Janeiro
Comprei carro, infelizmente tive que deixar o carro no concessionário, para substituir o pára-choques traseiro, pois quando tentei sair, meti marcha atrás em vez de primeira. Deve ser falta de prática. Ha uma semana que não conduzo!

14 Janeiro
Já tenho o carro. Fiquei tão feliz ao sair do "Stand", que resolvi dar um
passeio. Parece que muitos outros tiveram a mesma ideia, pois fui seguida por inúmeros automóveis, todos a buzinar omo num casamento. Para não parecer antipática, entrei na brincadeira e reduzi a velocidade de 10 para 5 à Hora.
Os outros gostaram buzinando ainda mais.

22 de Janeiro
Os meus vizinhos são impecáveis. Colocaram posters avisando em grandes letras: "ATENÇÃO ÀS MANOBRAS ", marcaram com tinta branca um lugar bem espaçoso para eu estacionar e proibiram os filhos de sair a rua enquanto durassem as manobras.
Penso que e tudo para não me perturbarem. Ainda há gente boa neste mundo...

31 de Janeiro
Os outros automobilistas estão sempre a buzinar e acenar-me.
Acho isso simpático, embora um pouco perigoso. É que um deles apontou para o céu com o dedo espetado. Quando procurei ver o que me apontava, quase bati.
Valeu que eu ia a minha velocidade de cruzeiro de 10 à Hora.

10 de Fevereiro
Os outros automobilistas tem hábitos estranhos. Para além de acenarem muito, estão sempre a gritar. Não os ouço, por ter os vidros fechados, mas julgo que me querem dar informações.
Digo isto porque julgo ter percebido um a dizer "Vai para Casa ".
A ser verdade, é espantoso.
Não sei como ele adivinhou para onde eu ia. De qualquer modo, quando eu descobrir onde fica o botão de abrir os vidros vou tirar muitas dúvidas.

19 de Fevereiro
A Cidade é muito mal iluminada. Fiz hoje a minha 1a condução nocturna e tive de andar sempre nos máximos, para ver convenientemente.
Todos os automobilistas com quem me cruzei pareciam concordar comigo, pois também ligaram os máximos e alguns chegaram mesmo a acender outros faróis que tinham. Só não percebi a razão das buzinadelas.
Talvez para espantar qualquer cão ou gato. Sei lá.

26 de Fevereiro
Hoje tive um acidente. Entrei numa rotunda, e como havia muitos automóveis (não quero exagerar, mas deviam ser, no mínimo, uns quatro ), não consegui sair. Fui dando voltas bem juntinho ao centro, à espera de uma oportunidade, de tal forma que acabei por ficar tonta e fui chocar com o monumento ao centro da rotunda.
Acho que deviam limitar a circulação nas rotundas a um carro de cada vez.

3 de Março
Estou em maré de azar. Fui buscar o carro à oficina e, logo a saída troquei os pés, acelerando a fundo em vez de travar. Abalroei um carro que ia a passar, amassando-lhe todo o lado direito. O automobilista era, por coincidência, o engenheiro que me fez o exame de condução. Um bom homem, sem duvida.
Insisti em dizer-lhe que a culpa era minha, mas ele educadamente, não parava de repetir: "Que
Deus me perdoe! Que Deus me perdoe!".


Cumprimentos :)


Escusado será dizer que isto foi uma brincadeira, espero que As Cacas não me levem a mal!

quinta-feira, fevereiro 19, 2004

Bandeira Branca

Como tudo na vida, também as amizades têm os seus altos e baixos e ultimamente uma das amizades que mais prezo tem andado muito em baixo.

Tudo começou porque uma das minhas melhores amigas começou a afastar-se lentamente, primeiro o trabalho, depois o namorado e mais recentemente uma Pós Graduação. O que alimenta uma amizade é o tempo que as pessoas passam juntas e quando existe um afastamento, a amizade sofre uma erosão natural e cabe a cada um dos intervenientes fazer algo que a contrarie.

Num alto de uma amizade não costumam haver zangas, mal-entendidos, chatices, etc.
Quando uma amizade está, digamos, em velocidade cruzeiro quaisquer problemas que ocorram são rapidamente resolvidos porque a disponibilidade e vontade para se conversar existe.
Agora, o problema é quando as coisas acontecem em momentos baixos da amizade. Nesse caso, é mais complicado, mas também não é o fim do mundo. Se calhar grita-se um bocado mais, e é mais difícil chegar-se a um consenso mas como eu sempre ouvi dizer: o bom das zangas é as pazes, portanto aqui fica a minha bandeira branca para a parva (estúpida é que não) da minha AMIGA que eu tanto gosto!

Beijos

PS - Estás a ver, agora o bom da fita vou ser eu porque fui o primeiro a hastear a bandeira - ih ih ih!!!

quarta-feira, fevereiro 18, 2004

Eu até estava a gostar mas...

Em mais uma das minhas muitas incursões pela Blogoesfera cheguei a uma conclusão: há por aí muito bom bloguista com muitas muito boas intenções mas que para minha infelicidade não sabe escrever Português.

Tenho um grande defeito que é estar constantemente a corrigir as pessoas. Acreditem que até tento não o fazer mas é mais forte do que eu. Se estou a ler um post e encontro erros do género: "esplicita" ou "...tomando conçiençia da inconçiençia..." por muito que estivesse a gostar não consigo continuar a ler!

Eu sei que também cometo erros e ao contrário de muitas pessoas GOSTO que me corrijam, precisamente para não os voltar a cometer!

terça-feira, fevereiro 17, 2004

Areia para os olhos

Odeio sentir que me estão a atirar areia para os olhos principalmente quando o fazem de forma tão descarada como o nosso Primeiro Ministro.
Foi a impressão com que fiquei ao ler este artigo.

Se bem me lembro, até há uns meses atrás o governo tinha uma posição acerca do aborto, bastante firme, em que era contra a descriminalização do mesmo. Felizmente, a JSD veio publicamente afirmar que estava contra essa posição e apresentou uma série de argumentos como justificação.
Parece que o nosso Primeiro Ministro ouviu esta justificação e neste momento "...apoia a descriminalização do aborto, defendendo, assim, os argumentos apresentados pela JSD".

Então começo por perguntar, porque não se coloca a possibilidade de "...efectuar qualquer alteração à lei ou um referendo sobre a matéria"?

Segundo Durão Barroso, no tal artigo, porque "...neste caso, o partido e o primeiro-ministro Durão Barroso assumiram um compromisso com o eleitorado de não tocar nesta matéria na presente legislatura".

Segunda pergunta: da mesma forma que o Primeiro Ministro, uma pessoa supostamente segura e fiel aos seus princípios, mudou de opinião quando confrontado com as justificações da JSD, não será possível que muito do eleitorado com o qual ele fez o tal compromisso tenha também mudado de opinião?

Só quando li que "a questão do compromisso eleitoral tinha já sido abordada pelo PSD, quando, ao lado do CDS-PP, garantiu a sua indisponibilidade para qualquer iniciativa legislativa ou de referendo sobre o aborto nesta legislatura" é que se fez luz.

O compromisso que leva o Primeiro Ministro a não querer tomar uma atitude em relação ao aborto, não é para com o eleitorado mas muito mais para com os seus aliados políticos do CDS-PP.

E viva a coligação!!!

PS - Aceito, e até agradeço, quaisquer comentários e/ou correções que queiram fazer ao meu raciocínio. Nunca tive muito jeito para política e só recentemente comecei a interessar-me por estas questões daí admitir bastante facilmente o erro nas análises deste género.

As minhas desculpas

Epá isto não está nada fácil.
Em Londres não conseguia manter o blog actualizado porque chegávamos a casa sempre muito cansados e só havia um PC para 4 ou 5 pessoas. Queriam todos ver o email ou ir ao messenger o que dificultava um bocado a escrita. Quando, estava finalmente a sós com o PC já estava com uma soneira que não me aguentava em pé, no entanto fui escrevendo em ficheiros de texto os vários tópicos de cada dia. O problema é que esqueci-me de os enviar para o meu email antes de me vir embora. Já enviei um email ao Pestanna para, assim que puder, mos enviar e poder finalmente concluir o relato da viagem a Londres.

Cheguei no Sábado e a única coisa em que pensei foi: aqueles Ingleses não sabem mesmo o que é noite! Hoje vingo-me!.

Conclusão: o Bairro estava óptimo... e não houve nada a fechar à meia-noite!

sábado, fevereiro 14, 2004

Day #4

Na 3ª feira a moleza matinal era de tal ordem que quando o pessoal acordou já era quase hora de almoço. Fizemos um bacalhau à brás e esperámos pelo Sérgio para depois de almoço irmos passear pela cidade.

O Chabas que gosta sempre de se manter bastante ocupado com estas coisas e que me parece começar a tornar-se cada vez mais um daqules poços de conhecimento tomou o papel de Guia Turístico e traçou alguns objectivos para o dia.
Westminster Abbey, Big Ben, St James Park, Picadilly, Trafalgar Square e a espectacular National Gallery of Art, mas desta vez de uma forma mais calma do que no primeiro dia que cá cheguei.

Depois disto tudo, estavamos cansadíssimos mas tinhamos combinado com o Pestanna em Picadilly. Enquanto nos dirigiamos, de autocarro, para o local combinado passámos em frente a uma estátua com 3 cavalos. O Chabas apressou-se a dizer que tinhamos de lá ir ver a estátua porque - e passo a citar - "um dos cavalos está suspenso e não se percebe como". Coitado a última vez que veio a Londres ainda devia acreditar na Fada dos Dentes, Pai Natal e cavalos em levitação. Finalmente encontrámo-nos com o Pestanna e fomos jantar a um Pub ali perto. Para fazer o dinheiro render, em vez de gastar dinheiro em Pints pedimos antes um jarro de cocktail. O rapaz do bar que nos atendeu era Tuga. Acho que se virou para o Pestanna assim que o ouviu a falar e perguntou-lhe logo se era Português. O Poças veio ter connosco e a seguir a alguns copos fomos passear mais um bocado, mas desta vez de noite e numa zona muito gira: o Soho.

Enquanto passávamos por todas aquelas ruas e admirávamos as diferentes pessoas e pubs que viamos decidimos entrar numa daquelas lojas com máquinas de jogos de video - vulgo salão de jogos. Ora, neste salão existe uma máquina em que o objectivo do jogo é acompanhar uma música (escolhida por nós, de entre um grupo de músicas) com as mãos e pés. Com as mãos basta passar por cima de um sensor (parecem umas antenas grandes), com os pés, de cada vez que aparecia uma seta tinhamos de bater com o pé na direçao que aparecia no monitor. Uma confusão mas óptimo para fazer a digestão.

Em seguida, e agora foi o melhor: eu fiquei um bocado para trás em relação ao resto do pessoal e houve uma montra que me chamou a atenção e abrandei. Uma rapariga lá dentro começou a chamar-me e só depois percebi que a loja era um bar de strip. A conversa inicial foi qualquer coisa do género: uma vez que estavamos com uma rapariga (portanto 5 rapazes e 1 rapariga) pagávamos apenas 35 libras a dividir por todos, tinhamos direito a um show privado (uma rapariga a fazer strip só para nós) e a uma primeira bebida cada um. O Poças disse logo: vê lá se isso é bem assim porque não acredito que seja tão barato. Quando lhe perguntei para me dizer detalhada e calmamente lá percebi tudo muito melhor. Cada um de nós (incluindo a Cocas) tinha de pagar 5 libras para entrar. Uma vez lá dentro podiamos ter uma uma rapariga a fazer-nos um show privado por 35 libras e após pedirmos (e pagarmos) a primeira bebida as restantes eram gratuitas. A Cocas, para espanto meu, disse logo:
- Se vocês quiserem todos ir, eu vou. Se não quiser ver fecho os olhos!
Era giro ver-nos ali, 5 gajos a ver uma gaja a despir-se com uma sentada ao pé de nós de olhos fechados!

Com tanto passeio já estávamos todos bastante cansados por isso ficámo-nos por aqui.

quinta-feira, fevereiro 12, 2004

Não há dúvida

Socorro!!!

A cada dia que aqui passo me apetece dizer que quero ir para fora. Adoro falar Inglês, adoro falar Espanhol, adoro tentar falar Italiano, adorava falar Alemão.

O que estou eu a fazer em Portugal??? A acabar a merda do curso.
Não há dúvida que tenho de me ir embora quanto antes...

PS - Estou bêbedo, ou pelo menos cheio de alcóol no sangue.

Este é para ti...

Uns têm o que outros não terão...

Boa noite

PS - Adoro-vos

quarta-feira, fevereiro 11, 2004

Day #3

Antes de mais as minhas desculpas pelo meu atraso de um dia em existente neste diário mas ontem não consegui, estava de mesmo de rastos.

Ora, 2ª feira dia 9 de Fevereiro de 2004, o que se fez por terras de Vossa Majestade?

Acordámos tardíssimo porque o dia anterior tinha sido cansativo. Pequeno-almoço às 11, mas algo muito leve uma vez que tínhamos ficado (eu e a Cocas) de ir almoçar com o Pestanna ao seu local de trabalho. Comemos uns wrappers que são simplesmente divinais. O que são? O meu consistia em pequenos bocados de carne de porco assado no forno com, alface, cebola, cenoura e maionese. Isto tudo embrulhado (daí o seu nome) numa massa de crepe. Comemos uma metade e levámos a outra para o lanche. Uma situação caricata que ocorreu durante o almoço foi aquando do café. Estávamos (eu, a Cocas e o Pestanna) a tomar café com mais 4 colegas de estágio do Pestanna e nenhum deles era Inglês, nem sequer haviam duas pessoas do mesmo país. Havia um Mexicano, um Turco, uma Espanhola e um Polaco. Foi uma sensação engraçada, fiquei com vontade de ir a cada um daqueles países.

Após o almoço rumámos em direção ao centro da cidade, sem grandes pressas e sem grande objectividade em termos de transportes, o que nos levou a andar algo perdidos durante alguns minutos (quase uma hora). Lá apanhámos o autocarro até Victoria Station onde ficámos de nos encontrar com o Chabas e o com o Barbas vindos de Portugal. Enquanto esperávamos por eles lá fomos para o vício - um white chocolate mocha no Starbucks - aceitam-se sócios para abrir uma cadeia em Portugal. Com a chegada de mais dois Alfacinhas começaram os episódios. Enquanto comprávamos os bilhetes para o Underground e Bus, que também deu algum trabalho, a primeira cena foi uma mulher desatar aos berros com o marido, vá lá saber-se porquê, em plena hora de ponta numa das estações de metro mais movimentadas de Londres. Quase que lhe bateu, agarrou-lhe a cara com uma força como se quisesse fazer sumo de maridinho. Logo a seguir, ainda estávamos nós a comentar aquela cena, quando duas senhoras de cor com uma figura hiper engraçada, devido ao seu cabelo estranhíssimo que mais parecia, não uma mas duas esfregonas e as sandalinhas de enfiar o dedo começam literalmente aos berros com um dos revisores porque, tanto quanto percebi, uma delas tinha um passe inválido e o revisor não a deixou passar nas cancelas e ficou-lhe com o passe. Berraria ao bom estilo do mercado do bolhão, até veio polícia e tudo.

Chegámos a casa, estafados de tanta confusão, e ainda tínhamos de arrumar as coisas todas que as nossas (minha e do Pestanna) mães nos tinham enviado. Verdade seja dita que agora compreendo perfeitamente os imigrantes que levam os chouriços e queijos nas malas quando regressam aos países onde se encontram a trabalhar. Estava cá há dois dias e liguei logo à minha mamã a pedir para me mandar uns vinhitos, uns queijitos, uns chouriçitos e, claro está, o belo do bacalhau.

À noite fomos jantar um Chilli com Carne e umas pints. O Pestanna e a Cocas regressaram a casa enquanto que eu, o Chabas e o Barbas fomos até ao Walk About (que já vos falei) beber mais umas pints. Foi uma desilusão, mas compreensivelmente, o bar estava vazio. Tinha lá estado num Sábado à noite e, claro, estava a rebentar pelas costuras enquanto que numa 2ª feira tinha uns quantos gatos (e algumas gatas) pingados.

No regresso a casa, e preparem-se, é que foi o mais divertido da noite. Chegámos à paragem de autocarro e estava um casal a comer-se desalmadamente. Primeiro que tudo, tinham os dois ar de quem estava bastante inalterado, fosse por alcóol ou outras substâncias e faziam o que tinham a fazer como se mais ninguém ali estivesse. O autocarro chegou e entraram juntamente connosco. O rapaz entrou primeiro e apressou-se a ir para os bancos de trás do piso superior. A sua amiga não encontrava o passe e demorou-se um pouco mais. Entretanto nós ocupámos os lugares do meio (mais coisa menos coisa) também no piso superior. Quando já tudo se encontrava instalado, por um comentário de um deles (acho que foi do Chabas) decidi olhar para o fundo do autocarro para ver se o festim continuava. Fiquei surpreendido (ou talvez não) quando reparei que apenas se via a cabeça do rapaz, de boca aberta a olhar para baixo como se tivesse a braguilha aberta. Virei-me para a frente e comentei de imediato com eles da forma mais ordinária possível:
- Epá a gaja tá-lhe a fazer um ganda bico!
Desculpem lá os mais impressionáveis mas confrontado com uma situação daquelas é mesmo assim que se fala. Queriam que eu dissesse o quê? Acho que a acompanhante daquele jovem lhe está a fazer sexo oral. Adiante.
O Chabas e o Barbas não podiam olhar descaradamente para não denunciar, mais do que os nossos risos estridentes e comentários (se bem que em Português), a nossa suspeita mas finalmente lembrámo-nos de olhar para as janelas e devido ao reflexo qualquer dúvida que pudesse existir esvaneceu-se. O autocarro parou, ela levanta a cabeça, mantendo a mão a fazer o que a boca intervalava, esperou para ver se alguém subia e ocupava lugares comprometedores à actividade de ambos e quando o autocarro retomou a sua marcha ela retomou a sua também. Com esta brincadeira toda carregámos no botão de stop tarde demais e tivemos que saír uma paragem à frente do esperado. Eles lá continuaram a sua viagem, ou o que lhe quiserem chamar.
Chegámos a casa e tivemos que acordar o Pestanna e a Cocas para lhes contar este episódio de, no mínimo, cagar a rir.

Dificilmente vou conseguir escrever algo tão cativante como isto, de tal ordem é a perversidade da mente humana mas vou continuar a tentar, já amanhã.

Entretanto aconselho-vos a ler o post anterior no tempo, seguinte na disposição do blog, foi o Chabas que escreveu e está muito bom.

segunda-feira, fevereiro 09, 2004

Day #2

Ontem à noite, o Pestanna teve a infeliz ideia de se ir deitar e deixar a janela da sala aberta durante a noite pelo que a meio da noite eu e o Poças estávamos a bater o dente de tanto frio.

Acordámos por volta das 9:30, arranjámo-nos e fomos às compras. Fiquei impressionado com a quantidade de refeições cozinhadas e embaladas que há à venda no supermercado. De volta a casa tomámos o pequeno almoço e lá fomos para o meu primeiro passeio turístico pela cidade. Acho que os meus guias tomaram pastilhas logo pela manhã porque em apenas algumas horas eu já tinha passado pelo Parlamento, Big Ben, London Eye, Picadilly Circus, St James Park, Trafalgar Square, Buckingham Palace, entre outros. Estava de rastos e decidimos parar um bocado para beber um White Chocolate Mocha num dos muitos Starbuck's Coffee existentes nesta cidade. Ficámos sentados de fronte para a rua a ver as pessoas a passar e a conversar um bocadinho (a Skippy que me desculpe o inho).

Entretanto já se fazia tarde e decidimos ir andando até Victoria Station para ir buscar a Cocas. O avião atrasou-se e o Pestanna começou a ficar nervoso. Encontrei 5 libras no chão e aproveitámos para ir beber mais umas pints. A Cocas lá se dignou a dar o toque e passados uns minutos chegou.

Foi um momento bonito vê-los a abraçarem-se e a beijarem-se. Namoram há 7 anos, só não se viam há um mês e continuam os mesmos tolos apaixonados de há uns anos atrás.

Voltámos pra casa, fizemos um jantarinho óptimo - sopa de alho francês, ovos mexidos com frango, fiambre e cogumelos e torradas - e nos entretantos íamos matando saudades dos amigos e família via Messenger com Web Cam.
Para sobremesa, mais ceia que outra coisa, uns Brownies deliciosos e um copinho de leite.

Agora, enquanto escrevo este post, estão os dois a arrumar e dobrar a roupa que o Pestanna foi buscar ao secador.

Estou de rastos, vou dormir, amanhã há mais.

See you tomorrow

Day #1

Prometido é devido e cá estou eu, directamente de Londres para vos contar um bocadinho do que se passou até agora.

O vôo correu lindamente. Fiquei com pena de as hospedeiras não deverem muito à beleza mas pelo menos eram a simpatia em pessoa. Achei Inglaterra um país muito bonito visto de cima. Felizmente estava um dia limpo e quando começámos a sobrevoar a ilha via-se tudo perfeitamente.

Aterrámos, despedi-me das hospedeiras e foi então que estreei o meu Inglês.

- Do you have your passport? - perguntou a senhora do aeroporto.
- No - respondi eu.

Foi de uma complexidade louca!
Passei pela alfândega sem chatices nenhumas, ninguém me abordou e lá fui eu comprar o bilhete para o comboio com destino a Victoria Station.

A comprar o bilhete o nível de exigência do Inglês já aumentou.

- I would like a round trip ticket to Victoria Station, please!
- The fastest way or the cheapest way?
- The fastest, please.

Tanto quanto já consegui perceber os Ingleses, em termos de etiqueta, são impressionantes. Sorry, please, thanks, excuse me são algumas das expressões muito usadas por cá. Não é como em Portugal que entramos num café, dizemos bom dia e o empregado de balcão fica a olhar para nós com uma cara como se bom dia fosse algum produto que eles nem sequer têm para venda - desculpem lá o aparte.

Quando cheguei a Victoria Station lá estavam os meus amigos, Pestanna e Poças à minha espera, com uma recepção das melhores: uma lata 0,5 lts de Carlsberg. Fomos comprar o bilhete para o metro e dirigimo-nos para casa do Pestanna. Antes de lá chegarmos ainda fizemos um pequeno pit stop no pub aqui da zona para beber mais uma pint (um pequeno copo de 0,5 lts de cerveja).

Chegámos a casa, arrumámos as minhas tralhas e começámos a preparar qualquer coisa para jantar antes de abalarmos para a noitada. Não havia cerveja em casa então lá fomos à Convenience Store comprar mais 4 latas de 0,5 lts. A seguir ao jantar e antes de apanharmos o autocarro rumo ao Walk About - Pub Australiano para onde nos dirigiamos - ainda fizemos mais uma paragem para comprar mais 4 latas de cerveja. No primeiro dia em Londres bebi mais cerveja do que nos últimos 2 ou 3 meses.

O bar pareceu-me muito louco. Tinha música ao vivo e o pessoal era todo muito divertido mas o que mais me marcou nesta primeira noite em Londres foram as extremamente curtas mini saias que as Inglesas usam. Fiquei simplesmente parvo. Tenham elas um corpo escultural ou um corpo de baleia branca (e que branca) a mini saia parece ser mais um traje típico do que outra coisa. O mais impressionante é que eu estava de calças, casaco de malha e um segundo casaco por cima e tinha frio. Estas doidas destas Inglesas aparecem-me à frente de mini saia, um daqueles top(zitos) e um casaquinho por cima e estão óptimas.

De regresso a casa estava tão cansado que foi vestir o pijama, lavar os dentes e ó ó cama.

See you tomorrow

sexta-feira, fevereiro 06, 2004

And off we go

Caros leitores,

Este blog é constituído por 7 pessoas, no entanto apenas 5 já escreveram alguma coisa e ultimamente apenas 2 escrevem.

Com a minha partida para Londres amanhã, a do Chabas na segunda, a mudança (quase em absoluto) da Jessica para as Cacas e do Lisboa para a Ponte será que o BecBec vai parar durante uma semana?

Naturalmente que não. Está prometido um relato diário de tudo o que se fizer por terras de Vossa Majestade. Quer dizer tudo, tudo, não posso prometer. De quando em vez os meus Pais vêm ler o Blog e há muita coisa que eles não podem (ou não devem) saber mas até quando formos a Amsterdão (apenas por um dia) via Easy Jet prometo que vamos a Cyber Café (e não entramos em mais cafés nenhuns) para vos escrever qualquer coisinha.

Abraços e Beijinhos

See you soon

Desilusões

Após ler isto, três frases ficaram-me na cabeça:

"O segredo é saber o que esperar de cada pessoa!" E isso, modéstia à parte, eu sei! Eu sei exactamente o que esperar de cada amigo, de cada conhecido, de cada familiar, de cada colega,... (ou pelo menos, julgava saber!)

à noite tive um furo e "algumas" desilusões!

E o pior é que sinto que, infelizmente, não aprendo com os erros dos outros...!

quarta-feira, fevereiro 04, 2004

Espelho

Os meus posts são um espelho dos meus sentimentos.

Passei algum tempo desta manhã a tentar escrever algo. Queria escrever algo que vos fizesse rir, divertisse e animasse mas, vá lá saber-se porquê - e eu até sei - não consigo. Só penso em...

Desculpem-me

domingo, fevereiro 01, 2004

Simplesmente, ouvir-te

Tinha saudades de te ouvir
Tinha receio de te ouvir

Fez-me por vezes mal ouvir-te
Mas não desta vez

Quero ouvir-te com a mesma inevitabilidade
Com que ouço o silêncio quando nada faz barulho

Hoje, amanhã e quando...